Terapia Cognitiva Comportamental – TCC

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A Terapia Cognitiva Comportamental ou TCC como é conhecida, é um tratamento psicoterápico de curta duração, forma estruturada, voltada para o presente, direcionada para a solução de problemas atuais e a modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais (inadequados e/ou inúteis) (Beck, 1964)”. O profissional se baseia na conceituação do caso, ou compreensão, de cada paciente (suas crenças específicas e padrões de comportamento) e deve ser adaptada a pacientes com diferentes níveis de educação e renda, bem como a uma variedade de culturas e idades, desde crianças pequenas até adultos com idade avançada.

Contudo, existem determinados princípios para todos os pacientes, listados em 10, conforme abaixo:

  1. Está baseada em uma formação em desenvolvimento contínuo dos problemas dos pacientes e em uma conceituação individual de cada paciente em termos cognitivos.
  2. Requer uma aliança terapêutica sólida.
  3. Enfatiza a colaboração e a participação ativa.
  4. É orientada para os objetivos e focada nos problemas.
  5. Enfatiza inicialmente o presente.
  6. É educativa, tem como objetivo ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída.
  7. Visa ser limitada no tempo.
  8. São estruturadas.
  9. Ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder aos seus pensamentos e crenças disfuncionais.
  10. Usa uma variedade de técnicas para mudar o pensamento, o humor e o comportamento.

Os profissionais da TCC´, após psicoeducação, orienta e ensina o paciente a fazer a pergunta básica utilizada que é: “O que estava passando pela minha mente?” É um trabalho compartilhada onde o paciente aprende a identificar, confrontar e monitorar seus pensamentos, evitando assim a alta intensidade de alguns sentimentos e modificando as respostas emitidas, mediante eles.

Utiliza-se de técnicas como descoberta guiada, experimentos comportamentais, enfatizando o positivo, uso de cartões de enfrentamento, tarefas de casa e outros. Porém, de nada adianta saber diversas técnicas e se perder no momento de usá-las, não sabendo o momento adequado ou não entender os princípios da teoria. Por isso é essencial usa-las em si mesmo primeiramente, segundo Judith Beck.

A TCC começa com a fase de avaliação, quando será feita uma entrevista de anamnese e pode gastar algumas sessões para tanto. É importante ter um roteiro e ter o cuidado de não parecer um investigador, conduzindo levemente para as perguntas caso perceba que o paciente se mostra muito prolixo. Vale lembrar que todo paciente, ao chegar, traz consigo uma demanda, veio por algum motivo e precisamos respeitar seu tempo pois conforme o princípio 5, a TCC enfatiza o presente, inicialmente, e é preciso permitir que nos dia a que veio. Qual o sentido de perguntar se tem irmãos quando o que quer é me dizer que seu relacionamento no emprego é péssimo? Quando lemos as anotações, após o atendimento ou ao nos prepararmos para o próximo, saberemos quais informações estão faltando e podemos anotá-las para perguntar num momento oportuno. Além disso, podemos fazer algumas perguntas em meio às colocações do paciente sem, no entanto, deixar de validar suas queixas ou mudar o foco do relato.

Referências

Beck, Judith S. Terapia Cognitiva Comportamental Teoria e Prática. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2013

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